anestesia

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"Técnicas de anestesia são seguras, mas ainda assustam"

"Muitos pacientes têm medo de acordar no meio da cirurgia ou não voltar"





Muitas vezes, a cirurgia é inevitável. Procedimentos sérios, que demandam dias de recuperação e vários cuidados prévios, no entanto, acabam recebendo menos atenção do que uma das etapas na hora de se submeter à operação: a anestesia. Há quem comece a tremer de medo só de pensar em "apagar" por algumas horas. Mas o medicamento é necessário para que os médicos possam trabalhar com segurança e sem causar nenhuma dor em você. O médico Américo Massafuni Yamashita, Chefe do Setor de Anestesia Obstétrica da Unifesp, explica a função da anestesia é proteger o corpo contra os efeitos dos estímulos realizados numa cirurgia ou num exame mais invasivo, como a endoscopia. "A função da anestesia é ajudar o paciente, e não causar nenhum tipo de medo ou ansiedade", tranquiliza o médico.

Tipos e duração da anestesia

Ela pode ser geral, quando você adormece enquanto os médicos trabalham, ou parcial, também chamada regional (raquianestesia, peridural ou combinada), quando apenas uma região do corpo é anestesiada e o paciente pode ficar dormindo ou acordado, como for mais confortável. Neste tipo de anestesia, o bloqueio vai até a medula, por isso ela só é utilizada em cirurgias do umbigo para baixo e nos membros superiores. Já a anestesia local, como aquela aplicada pelo dentista, é feita apenas no local da operação. O tempo de duração de uma anestesia deverá ser proporcional ao tempo programado para a cirurgia. "A duração da anestesia pode ser prolongada pelo tempo que for necessário, através da administração do anestésico, sem interrupção.", explica Américo Yamashita. Os sinais vitais são monitorados por aparelhos e, quando nota-se a superficialização da anestesia (taquicardia e aumento de pressão arterial, por exemplo) e a cirurgia não foi finalizada, é o momento de prolongar a dose.

Precauções

Antes de tomar anestesia geral, o paciente deve fazer jejum de 8 horas e suspender medicações que interfiram no efeito da anestesia, procedimento de responsabilidade de um médico ( em vez de pediatria, por exemplo, ele fez especialização em anestesia). Só ele tem condições de pedir e interpretar os exames necessários para a escolha da melhor anestesia em cada caso.

Antes de tomar uma anestesia geral, o paciente normalmente recebe uma medicação para aliviar o estresse e a ansiedade. E, uma vez na sala de operação, ele é monitorado por aparelhos específicos para avaliar seus sinais vitais (pulso, pressão, oxigenação). Em seguida, instala-se um soro para hidratação e administração dos medicamentos. Somente, após esses cuidados o paciente receberá a anestesia programada. A anestesia é diluída em soro fisiológico e aplicada pela veia. Para anestesia geral podem ser utilizados por via venosa o tiopental, propofol, etomidato, fentanil, remifentanil, sufentanil. Há os anestésicos inalatórios: isoflurarno, sevoflurano e os locais como a lidocaína, bupivacaína e a ropivacaina.

Efeitos colaterais
Na fase de recuperação da anestesia o paciente poderá apresentar alguns efeitos colaterais como dor, frio, tremores, náuseas, vômito, raciocínio confuso e dificuldades para urinar. Atualmente, são muito raros os acidentes ou complicações de uma anestesia. "Os bloqueios localizados podem falhar. Mas quando isso ocorre opta-se por outro tipo de bloqueio ou aplica-se anestesia geral", afirma Américo Yamashita."

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